quinta-feira, 6 de setembro de 2012

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 Querido, ouça-me e tente me compreender... Um cego jamais poderá guiar outro cego, senão ambos cairão numa cova. Já dizia Jesus no Novo Testamento...
 Nós construímos uma barreira entre nós. A barreira do orgulho, uma mal que não apenas nos afasta, como também nos transforma em um estranho aos olhos um do outro...
 Querido, escute-me e tente me responder... Em que momento a frieza do seu toque ofuscou o calor dos seus olhos?
 O orgulho, não obstante  em nos repelir, gerou também desconforto e incertezas. O seu abraço já não é tão reconfortante e seus beijos já não me causam bons arrepios. Se é que um dia realmente causaram...
 Querido, o que nós tivemos mais parece um simples casinho de novela que não dura nem um capítulo do que o romance de um livro que descansa em estantes alheias até que alguém o abra e alegre-se com ele...
 Querido, eu já não entendo mais porque estou falando tanto, tu nem se importa...

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