"Eu tenho o gesto exato, sei como devo andar
Aprendi nos filmes pra um dia usar
Um certo ar cruel de quem sabe o que quer
Tenho tudo planejado pra te impressionar
Aprendi nos filmes pra um dia usar
Um certo ar cruel de quem sabe o que quer
Tenho tudo planejado pra te impressionar
Luz de fim de tarde, meu rosto em contra-luz
Não posso compreender, não faz nenhum efeito
A minha aparição será que errei na mão
As coisas são mais fáceis na televisão
Não posso compreender, não faz nenhum efeito
A minha aparição será que errei na mão
As coisas são mais fáceis na televisão
Mantenho o passo alguém me vê
Nada acontece, não sei porque
Se eu não perdi nenhum detalhe
Onde foi que eu errei?..."
Nada acontece, não sei porque
Se eu não perdi nenhum detalhe
Onde foi que eu errei?..."
A fórmula do amor - Kid Abelha
Há algum tempo eu venha tentando descobrir o novo sentimento que surgiu no meu coração, corpo e alma. Há algum tempo eu venha dormindo e acordando tentando “empurrar” esse novo sentimento para um lugar na minha cabeça onde eu não tivesse que conviver com ele. Mas é sempre assim: justamente quando a gente não quer, não se considera pronta pra sentir, o sentimento vem como um tornado, um tsunami, ou como qualquer fenômeno da natureza: avassalador, destruidor de uma coisa que era teoricamente confortável, transformando tudo a sua volta em um caos total. Um caos bom, é claro. Um caos gostoso de sentir. Mas quem disse que eu estava pronta pra sentir isso agora?
É engraçado como as coisas acontecem. Um dia a gente ignora alguém, no dia seguinte todo o que a gente mais quer é ter a atenção dessa pessoa. É engraçado como nossa mente( ou seria o coração? Ou seria a alma? Ou todos juntos?) adora nos pregar peças... A pessoa esteve ali o tempo todo, e quando você realmente o vê, parece que ele não te vê mais. Eu sei, isso parece aquelas canções da adolescência que eu tanto criticava, embora gostasse taaaanto de ouvir. Hipocrisia. Pura e simples hipocrisia. Agora eu já sei que a crítica era uma forma ridícula de admitir que uma hora ou outra, ouvir essa música seria como se ela tivesse sido escrita por mim, pois eu estaria sentindo o mesmo.
Meus amigos dizem que adoram o jeito que eu vivo a vida: largadona, entregue, estilo “fuck you everybody” . Eu também gosto de viver assim, não me levem a mal. Só que... não da pra viver assim sempre. Não é saudável. E uma hora a gente é exatamente o oposto disso. Eu não quero não ser a atenção de alguém,o não quero mais ser tão entregue assim e daria tudo para ser, pelo menos por uns instantes, estilo “ i Love you, babe”
Talvez eu esteja sendo melodramática demais, estragando minha reputação ( puft, que reputação garota?) escrevendo algo assim. Deixando-me vulnerável desse jeito. Mas eu também não ligo muito pra isso. As vezes a gente precisa ser um fenômeno da naturaza e extravasar tudo, para que o que se encontre dentro de nós não fique como se tivesse acabado de ser devastado por um tsunami ou um tornado.