segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Era uma vez...


 Eles estavam deitados numa canga, sozinhos, as 01:15 da madrugada, na areia da praia em que se viram pela primeira vez. Estavam lado a lado olhando para o céu e escutando as ondas quebrarem, ambos imersos em seus próprios pensamentos. O silência predominava no ambiente.
-Por que você não diz logo?- Ele quebrou o silêncio.
Ela demorou um tempo até perceber que ele tinha falado, e mais um tempo pra entender o que ele queria dizer.
-O quê?- Ela indagou.
-Por que você não diz logo aquelas três palavrinhas que eu desejo tanto ouvir?- Perguntou ele, apoiando-se nos ombros e olhando-a nos olhos.
Ela limitou-se a olhá-lo. Não sabendo e não querendo dizer nada.
- É sério... Isso não é um jogo. Eu te amo, já lhe disse várias vezes e você sabe que falo sério. Já provei meu amor por ti e continuarei provando cada dia de minha vida, pois eu estou apaixonado. Você tem alguma noção do quanto tu me deixou de quatro? E pela primeira vez em minha vida, não tenho vergonha de admitir tal amor, pois ele é verdadeiro. você me conquistou de uma forma... que eu não sei nem expressar. Poderia passar a madrugada inteira falando e nada seria suficiente para expressar a felicidade que eu sinto quando a toco - Ele passou o dedo pela face dela, primeiro pelas bochechas. Depois testa, nariz, e depois foi descendo até chegar nos lábios -  quando olho em seus olhos, quando a pego em meus braços e a beijo. Enfim, o que estou querendo dizer é que... você é o melhor presente que Deus me deu. E o mais lindo também - Ele deu aquele sorrissinho que mostra as covinhas. Aquele sorrissinho irresistível que ela tanto amava.
Ela o fitou por uns momentos sem dizer nada. Alguns minutos depois, ela disse, meio gaguejando e com a voz meio embargada:
- E-E-Eu...
Os olhos dele se iluminaram e ele aproximou seu rosto do dela.
- Diga, meu bem, diga.
Ela fechou os olhos e disse:
- Acho que eu amo você.
-Tente de novo. - Disse ele baixinho, em seu ouvido, beijando-o logo em seguida, causando um arrepio bom pelo corpo dela.
Ainda de olhos fechados, ela murmurou:
- Talvez eu ame você.
Então ele foi para cima dela, fundindo seu corpo ao dela. Passou o dedo por aqueles cabelos castanhos, aproximou tanto o rosto que ela pode sentir seu hálito quente e com gosto de uva que ela tanto amava. Que ela tanto queria sentir naquele momento
- Tente mais uma vez. Você consegue - Disse ele, com carinho.
Foi então que passou um filme inteiro pela cabeça dela. Desde o momento em que eles se embarraram pela primeira vez.
Foi então que ela percebeu que havia encontrado a peça do quebra-cabeça que faltava. Ela havia encontrado o homem que derrubara a barreira de seu coração. Naquele momento, ela queria gritat, berrar, escrever num outdoor para que TODOS soubessem exatamente aquilo que ele anciava tanto ouvir.
Enfim, ela abriu os olhos e fitou o homem que mudou tudo. Ela pos as mãos no rosto dele, dizendo, em alto e bom som:
- Eu amo você.
Ele deu o seu melhor sorrisso
- Bom, agora que te dei meu coração e declarei ser sua, me humilhando dizendo as três palavras que jurei nunca dizer para homem nenhum e blá blá blá...Satisfeito? - Perguntou ela, rindo, com tom e ar de deboche.
Ele sorriu ainda mais.
- Hmmmmmm, deixa eu ver - Disse, botando a mão no queixo e fingindo pensar - Não - Ele a olhou e ambos deram uma risada. Depois ficaram sérios e ele acrescentou, dizendo:
- Mas tenciono ficar.
E a beijou.